Apresentação
A obesidade infantil e o surgimento de
doenças derivadas da má alimentação são consideradas, pelos especialistas, uma
verdadeira praga nos dias atuais. Medidas socioeducativas são lançadas todos os
anos, no entanto a maioria delas fracassa frente ao gigantesco poderio das
grandes empresas produtoras de alimentos tidos como impróprios para as
crianças. Hoje mais do que nunca a má alimentação é tida como um problema de
saúde pública e os governos lançam mão de diversas ações para combatê-la.
Ao se tratar de tal tema, uma das
questões chaves é sobre como fazer com que as crianças tenham interesse em
alimentos mais saudáveis, em detrimento dos salgadinhos, doces e fast-food. A grande indústria utiliza de
armas que vão desde a propaganda, até o uso da verdadeira coerção psíquica e
social para praticamente obrigar os jovens a consumirem tais produtos. Por
outro lado, especialistas e pais encontram uma resistência em quase todas as
frentes ao tentar mudar os hábitos que, apesar da pouca idade, já se encontram
profundamente enraizados no intimo das crianças.
Muitos pais não conseguem vencer as quedas
de braço rotineiras com seus filhos e simplesmente aceitam como normal a ideia
de uma má alimentação é uma característica típica dos garotos e garotas. Para
essa parcela da sociedade é tido como comum que “criança não gosta de verdura”
ou “salgadinho é mais gostoso que fruta”. Ao chegar a esse ponto, as medidas a
serem tomadas passam do âmbito preventivo para o corretivo, sendo mais
agressiva e de difícil sucesso.
O
diálogo entre a sociedade e as crianças, buscando a melhora na alimentação,
mostra-se ineficaz pelo tipo de discurso adotado pelos responsáveis por
“vender” a ideia da boa alimentação. As crianças não sentem atração por
alimentos saudáveis, não por que isso é típico dos jovens garotos e garotas,
mas simplesmente por que os alimentos tidos como não saudáveis conseguem
transmitir uma atratividade enorme, tendo o seu marketing um impacto e uma
aceitação frente às crianças que os outros alimentos não chegam nem de longe a
ter.
Analisando esse cenário e levando em
conta as demandas e preocupações atuais de diversas famílias brasileiras,
propomos a criação de uma Oficina sobre Alimentação Infantil focada no
estreitamento e num maior entendimento da questão por pais e filhos. Desejamos
trazer essa discussão a tona de uma maneira não apenas didática mas que
desperte o interesse pelo assunto dos demais envolvidos de forma que a prática
da boa alimentação seja adotada e pensada não apenas como uma tarefa mas sim
como um prazer que pode ser adotada diariamente pelas famílias.
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